Na construção civil, o sucesso de um projeto depende diretamente da qualidade da execução de obras. Mesmo com um planejamento adequado, não é incomum que erros técnicos, decisões precipitadas ou ausência de fiscalização comprometam a integridade da edificação e gerem impactos financeiros e jurídicos.
Esses erros, por mais simples que pareçam no início, podem evoluir para problemas graves, como obras mal executadas, aumento dos custos e atrasos na entrega.
Vamos te apresentar os 7 principais erros que podem ocorrer durante a execução de uma obra e mostrar como o acompanhamento técnico especializado pode ser a chave para evitá-los.
7 erros na execução de obras e como evitá-los
1. Falta de planejamento executivo detalhado
Um dos erros mais recorrentes em obras está relacionado ao próprio planejamento executivo. Por mais que existam projetos detalhados e cronogramas definidos, na prática, muitas vezes eles não são respeitados.
Há quem comece a obra sem compatibilizar todos os projetos, como os elétricos, estruturais, hidráulicos e arquitetônicos. Quando isso acontece, conflitos de execução tornam-se quase inevitáveis.
Além disso, há casos em que os orçamentos são mal dimensionados, os prazos são irrealistas e, pior, normas técnicas fundamentais são ignoradas. O resultado? Retrabalho, desperdício de materiais e perda de produtividade — tudo o que uma obra deveria evitar.
Para reduzir esse risco, o ideal é contar com uma equipe técnica desde a fase inicial, realizando uma análise crítica dos projetos e propondo ajustes antes mesmo da abertura do canteiro. Um olhar técnico experiente ajuda a identificar inconsistências e a traçar um plano mais aderente à realidade da execução.
2. Desrespeito às normas de desempenho e segurança
Toda obra precisa atender a requisitos mínimos de desempenho definidos por normas como a ABNT NBR 15575, que trata de aspectos acústicos, térmicos, estruturais e de segurança.
Quando essas normas são ignoradas ou mal interpretadas, o resultado pode ser desastroso: desde desconforto dos usuários até problemas judiciais envolvendo vícios construtivos.
A negligência com essas exigências pode também prejudicar a obtenção de certificações como o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), especialmente em edificações maiores, como prédios residenciais e comerciais.
Para evitar é essencial realizar ensaios e vistorias técnicas durante a execução da obra para verificar o cumprimento das normas de desempenho.
3. Ausência de RRT de execução de obra
Todo projeto de arquitetura precisa de um responsável técnico. O Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), emitido pelo CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), é o documento que comprova essa responsabilidade. Ele é obrigatório para a execução de obras, assim como a ART para os engenheiros.
Ainda hoje, não são raras as situações em que a obra começa antes da emissão da RRT, o que representa uma infração ética e legal. Essa omissão pode gerar multas, embargos e até complicações judiciais em caso de acidentes ou falhas técnicas.
Mais do que uma exigência burocrática, o RRT garante que existe um profissional qualificado acompanhando a execução, o que reforça a responsabilidade e a segurança da obra. Por isso, nenhuma movimentação no canteiro deve começar sem que esse documento esteja devidamente emitido.
4. Ausência de fiscalização no canteiro de obras
Mais uma das falhas mais comuns na execução de obras é a ausência de fiscalização contínua. Mesmo com projetos bem elaborados e mão de obra qualificada, sem acompanhamento técnico constante, erros passam despercebidos.
E quando esses problemas só são identificados após a finalização da obra, o prejuízo pode ser grande.
É nessa etapa que o acompanhamento técnico faz toda a diferença. A fiscalização frequente evita que materiais inadequados sejam aplicados, que alterações sejam feitas sem respaldo técnico e que procedimentos essenciais — como impermeabilização correta ou instalação de sistemas elétricos — deixem de ser cumpridos conforme o projeto.
5. Comunicação falha entre equipes
Um problema menos visível, mas igualmente prejudicial, é a falha na comunicação entre os agentes da obra: projetistas, engenheiros, arquitetos, empreiteiras, fornecedores e gestores.
Quando não há clareza nas decisões e nas orientações de execução, o resultado pode ser uma obra desalinhada com os projetos — ou com exigências legais.
Às vezes, basta uma simples divergência de interpretação para que etapas sejam executadas fora do padrão previsto. E, em construção civil, qualquer detalhe fora do lugar pode comprometer um sistema inteiro.
Por isso, é fundamental que exista uma figura técnica central, com autoridade para interpretar projetos, orientar as equipes e resolver dúvidas em campo. O acompanhamento por parte de um terceiro técnico — como uma empresa especializada — ajuda a manter a coerência entre o que foi projetado e o que está sendo construído.
6. Entrega da obra sem vistoria final
Muitas empresas, ao se aproximarem da fase final da obra, priorizam a limpeza do canteiro, os acabamentos visuais e a documentação de entrega. No entanto, acabam negligenciando uma das etapas mais importantes: a vistoria técnica final.
É ela que garante que tudo foi entregue conforme o projeto, dentro das normas técnicas e com os sistemas funcionando corretamente. Quando essa vistoria é ignorada, o que acontece é que os próprios moradores ou usuários do imóvel acabam sendo os primeiros a identificar problemas. Isso gera desconforto, gastos não previstos e, em casos mais graves, disputas jurídicas.
Além da vistoria, a entrega deve ser acompanhada do manual do proprietário, com instruções claras de uso, manutenção e garantias. Esse material, além de ser um requisito legal, reduz a ocorrência de vícios construtivos e evita que o morador faça uso incorreto da estrutura entregue.
7. Despreparo para processos de licitação ou regularização
Para quem atua com obras públicas, grandes empreendimentos ou construções comerciais, os trâmites de regularização e licenciamento são etapas críticas.
Muitas vezes, a falta de organização técnica faz com que documentos essenciais — como laudos, registros de ensaios e comprovações de desempenho — não estejam prontos na hora certa.
Isso atrasa a emissão do habite-se, o funcionamento do imóvel e até a liberação de financiamento para os compradores. Também compromete a imagem da empresa diante de investidores e incorporadoras.
Quando o acompanhamento técnico é feito ao longo de toda a obra, essas documentações já estão organizadas, e o processo de regularização acontece de forma mais fluida. Além disso, o respaldo técnico facilita a participação da construtora em futuras licitações.
A importância do acompanhamento técnico ao longo de toda a obra
Ao observar os principais erros listados, fica evidente que a solução para grande parte deles está no acompanhamento técnico contínuo, desde a fase preliminar até a entrega da obra.
A complexidade da execução de obras envolve uma cadeia de decisões técnicas que, quando tomadas de forma isolada ou sem o respaldo necessário, podem comprometer todo o desempenho da edificação.
Desde a análise do solo, passando pela fundação, estrutura, instalações elétricas e hidráulicas, até os sistemas de vedação e acabamento, cada etapa exige precisão e atenção aos detalhes.
O papel do acompanhamento técnico é justamente garantir que todos esses processos dialoguem entre si de forma segura e eficiente.
Além disso, esse acompanhamento contínuo reduz o risco de retrabalho, que costuma ser um dos maiores causadores de aumento de custos e atrasos no cronograma.
Quando há um profissional fiscalizando a obra regularmente, problemas como aplicação incorreta de materiais, falhas na impermeabilização, desalinhamento de estruturas ou instalações fora do projeto são identificados com rapidez e podem ser corrigidos antes que avancem.
Por fim, a atuação técnica contínua favorece o cumprimento das normas da ABNT, que regulamentam o desempenho das edificações em aspectos como segurança estrutural, conforto térmico e acústico, eficiência energética e durabilidade.
Uma obra acompanhada por profissionais capacitados é, no fim das contas, uma obra mais segura, econômica e duradoura.
Construir é um desafio e tanto. São muitas decisões, detalhes técnicos, prazos apertados e aquele desejo de ver tudo pronto do jeitinho que foi sonhado. Mas, no meio do caminho, é fácil escorregar em armadilhas que poderiam ser evitadas com um olhar técnico atento.
Por isso, o acompanhamento técnico não é luxo — é necessidade. Ele funciona como aquele amigo experiente que já viu de tudo no canteiro de obras e sabe exatamente o que fazer (ou o que não fazer) em cada etapa.
Evita dores de cabeça, economiza tempo, dinheiro e garante que o resultado final seja uma obra segura, dentro das normas e pronta para durar.
Se você está tocando um projeto — seja ele pequeno, médio ou grandioso — vale a pena ter ao lado uma equipe que entenda dos riscos e, melhor ainda, saiba como evitá-los.
A BH Vistoria Predial está aqui para isso: ajudar você a construir com confiança, segurança e tranquilidade. Acesse o nosso site e conheça os nossos serviços.